Copos.
Taças, cálices, com pé, sem pé,
vidro, plástico, cristal. Ela adorava comprar, cada dia um diferente. E
comprava.
Copos.
O marido vivia se queixando e se
queixando: não havia mais lugar para tanto copo, aquilo era maluquice.
Até que ela resolveu dar um basta no
falatório: pegou vassoura, martelo e maçarico e foi direto aos copos — quebrou,
rebentou, fundiu. Tudo, tudinho.
A razão tinha vencido,e ele ficou
feliz da vida. Pelo menos até que abriu a geladeira: um mar de requeijão.
Copos.
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